Nagib

É SEMPRE HORA DE SE JOGAR COM TUDO NA MÚSICA DE NAGIB

Cantor e compositor baiano identifica em Montes Claros sua segunda terra de arte e de cultura

Jerúsia Arruda

Há um ditado que diz que na Bahia as pessoas não nascem, estréiam. Com o cantor Nagib, com certeza não foi diferente. Dono de uma musicalidade contagiante, com uma naturalidade e domínio de palco só experimentado por aqueles que nasceram para estar nele, Nagib é o tipo de artista que arrasta multidões por onde passa. Em seus shows é impossível não se render ao apelo rítmico e carisma com que convida ao público para se jogar.
Nascido em Vitória da Conquista, berço de grandes nomes da música brasileira, Nagib Pereira Barroso, cresceu ao lado de músicos, cantores e de toda efervescência musical daquela região. Mesmo assim, só veio encarar profissionalmente a música aos dezoito anos, quando se sentiu pronto para comandar sua própria banda.
Com nome que já soa artístico, gravou seu primeiro LP em 1991, chancelado pela rádio FM 100,1. Em 1994 veio o segundo – Solto na vida, e aí o cantor não parou mais.
- Trabalhava muito na época. Tinha show todos os dias. Às vezes, para descansar, precisava pedir ao empresário para liberar as segundas-feiras. A rádio tocava muito minhas músicas e me dava todo apoio. Foi um momento muito interessante de minha vida, quando pude sedimentar minha carreira, ganhar público e firmar meu nome – relembra o cantor.

NOVOS RUMOS
Finda a parceria com a rádio, mas já com o nome gravado nas agendas de todos os promotores de evento da região, Nagib assumiu seu trabalho, através da Taynara Produções, gravando pela Velas seu primeiro CD, Nagib, em 1995, indicado para o prêmio de melhor música baiana.
- Montei minha própria produtora, fiz contrato com a gravadora do Ivan Lins e Vitor Martins, mas as coisas não saíram conforme havíamos combinado, então decidi gravar independente, que é como gravo até hoje – explica Nagib, que assim que encerrou seu contrato com a Velas, gravou o segundo CD – Popular pra você, 1996 - com participação de Luiz Caldas, Pierre Onassis, Edgar Mão Branca e Dominguinhos.

ORIGENS
Envolvido por música de todos os lados - a mãe cantava, o pai tocava violão, Luis Caldas morava com sua família e a maioria dos amigos era formada de músicos – Nagib pode experimentar o melhor da história cultural de sua região, pois conviveu muito proximamente com todos os que dela participavam.
Participou da coletânea Troféu Conquistense de Música, que escolheu os dez melhores cantores da década da região, finalizada em LP.

MONTES CLAROS
Tendo como parceiros Regis Machado, Tico e Clériston Cavalcante (Keké), gravou Alegria, em 2000, ano em que se mudou para Montes Claros, onde vive até hoje.
- Em Montes Claros encontrei um novo lar. Na Bahia fazia um trabalho parecido com o da maioria dos artistas de lá. Em Montes Claros era novidade. O mercado estava aberto, com muitos eventos acontecendo e não faltava trabalho. Além disso, os amigos que conquistei, a família que construí me fizeram sentir em casa. Continuo fazendo shows na Bahia, estou sempre em contato com os amigos e parceiros de lá, mas ganhei novos companheiros aqui e isso refletiu muito em meu trabalho - diz o cantor, que gravou no CD Calmaria, 2005, uma música em homenagem a Montes Claros – O sol brilhou - onde canta o que aprendeu ao apreciar na cultura da cidade.
Irrequieto e em constante busca por novidades, o pai de Carol, Matheus, Lorrany, Silvia Catarina, Gabriel, Lara Maria, Samuel e Lorena experimentou outros estilos, compôs outras canções e fez novas parcerias. Em 2004, gravou Forrozando pelo Brasil, movido pela onda de forró que tomou conta do país, fazendo uma turnê pelo Norte de Minas e pela Bahia.
Um de seus maiores sucessos, a música Katcha, conhecida e cantada em todas as cidades do Norte de Minas, foi gravada no CD Muvuca, 2004, que também tem participação de Luiz Caldas, Pierre Onassis, Dominguinhos e Durval Lélis.

PROJETOS
Finalizando o CD Ao vivo, onde faz uma coletânea dos sucessos que marcaram o carnaval 2006, Nagib diz que ainda neste ano, além do DVD, quer gravar um CD onde possa registrar as canções que não canta no show, influências tanto da calmaria do mar da Bahia quanto das toadas barranqueiras que ouviu nas terras do velho Chico.

Comentários

  1. Poxa, que saudade de Nagib! Adoro ele desde quando eu tinha 06 anos, eu era enlouquecida por ele. Hoje depois de 20 anos ainda o adimiro muito, é uma pena eu não ter o conhecido pessoalmente para mostrar minha tatuagem que fiz com seu nome quando eu tinha meus 12 anos. Rsrsrsrs. allineperola@hotmail.com

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