ARTE QUE DESCE DO MORRO
O jovem artista plástico Léo Nobre se inicia na arte de pintar revelando identidade, emoção,técnica e sentimento
Jerúsia Arruda
Graduando em Artes Plásticas pela Unimontes, expert em artes gráficas, Leonardo Nobre Soares, 27 anos, chama atenção pela forma como processa a intercessão entre sentimento e técnica, retratando o comportamento humano com um estilo que pode ser identificado pelo traço.
Iniciante na arte de pintar, mas já com identidade singular, o jovem artista já participou de exposição coletiva em Montes Claros com três peças, que foram vendidas de imediato, e uma individual na galeria do Banco Mundial, em Brasília/DF.
- Nesse primeiro momento quero fazer um trabalho de divulgação e por isso não pretendo vender nenhuma peça. Após essa primeira individual, estou com um projeto de uma exposição itinerante, com um roteiro que inclui, além do Brasil, cidades da Argentina – diz.
Léo Nobre é um montes-clarense típico, que cresceu no bairro Morrinhos, onde a efervescência cultural pulula em cada canto, e da qual não conseguiu se furtar. De fala mansa, meigo e uma simplicidade desconcertante, o menino das artes plásticas possui uma genialidade nata e processo criativo que promete.
Com técnica vinílica sobre tela que tende ao expressionismo, apresentando, contudo, nuances peculiares que impedem classificar por um estilo pronto, suas peças retratam a observação da criança em diferentes momentos, ora triste, ora feliz, além de corpos, faces e caricaturas, sempre pintadas de forma a revelar, mais que a imagem, o sentimento e a emoção do personagem retratado.
- Apesar de estar sempre criando, buscando uma forma de passar o conceito, a filosofia e a identidade de um produto através das artes gráficas, guardava em mim uma inquietação que não poderia expressar com a publicidade. Então resolvi fazer o curso de Artes e, motivado pelos colegas e professores, e inspirado pelos grandes pintores da cidade como Konstatin Christoff, João Rodrigues e Sérgio Ferreira, e pelo amor antigo que nutria pela obra de Picasso, Van Gog e tantos outros, resolvi arriscar e vi que poderia pintar também. O mais incrível foi perceber que ao pintar conseguia expressar exatamente o que sentia, e que era possível ir além de mim. Fui me redescobrindo junto com a pintura e hoje pretendo me dedicar exclusivamente à arte – conta.
Em parceria com o músico Hugo Nogueira, Léo se prepara para participar do projeto La Gran Sieter, em Rosário, Argentina, onde exporá seu trabalho com trilha sonora executada ao vivo por Hugo.
Comentários
Postar um comentário
É uma prazer receber sua visita. Obrigada pelo comentário.