Marcelo Andrade

O som inconfundível do músico é absolutamente necessário para representar os valores culturais de Montes Claros, tão enaltecidos em todo mundo.

O bom gosto pela música ele herdou do pai. Aos 7 anos de idade começou a estudar piano logo passando para o sopro, pela afinidade intuitiva, e desde cedo foi construindo o caminho que lhe permitiu tornar-se referência para os músicos com quem dividiu palco e para os que o adotaram como mestre.

Estudou flauta e sax na Universidade Federal da Bahia, dando continuidade em Minas Gerais, e graduou-se em Bacharel em Licenciatura no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, tendo como professores nomes como Mauro Senise, Daniel Garcia, Dejan Presicek, Odette Ernest Dias, Antônio Carrasqueira e Lena Horta.

Mas a intimidade entre Marcelo Andrade e música transcende a formação acadêmica. É como se um fizesse parte do outro. Ao vê-lo tocar têm-se a impressão de que o instrumento é uma extensão de seu corpo, sax ou flauta. Mas seu som é mais difícil de descrever, porque ele não segue os padrões, a cartilha da academia. A profundidade musical vem antes de tudo. Aliás, a teoria serve para isso: aflorar potencialidades. Mas sua genialidade inata o coloca à frente de seu tempo.

O espetáculo da Big Band Dionízica confirma isso. Marcelo diz ter formado o grupo por acreditar no potencial dos alunos e dos músicos, por isso, como professor, vem se dedicando ao trabalho e organização para a formação de grupos ligados a sopros de modo geral. Segundo ele, a idéia é a formação de grandes e pequenos grupos instrumentais, dentro e fora da escola, executando repertório variado, que inclua MPB, clássicos do cinema, jazz e música folclórica.

O resultado, a Big Band Dionízica, é uma releitura de si mesmo: fusão de gêneros, versatilidade e improviso em perfeito equilíbrio.

Além de professor, Marcelo é um instrumentista requisitado e atuante. Já participou de festivais, shows e gravações com vários artistas, compositores e instrumentistas de renome nacional e internacional como Paulinho Pedra Azul, Beto Guedes, Toninho Horta, Yuri Popoff, Wagner Tiso, Saulo Laranjeira, Weber Lopes, Juarez Moreira, Mauro Rodrigues, Grupo Feijão de Corda, Marku Ribas, Robertinho Silva, Alberto Continentino, Beto Lopes, Jota Quest, Cliff Korman, Roberto Sion, entre outros.

A expressão performática criada e sustentada pelo improviso de Marcelo Andrade torna seu som inconfundível e absolutamente necessário para representar os valores culturais de Montes Claros, tão enaltecidos em todo mundo.

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