Jerúsia Arruda
Enquanto a presidente Dilma Rousseff se prepara para a visita, como sói, com toda pompa, circunstância e muita segurança, movimentos sociais se organizam para não perder a oportunidade de apresentar seus protestos ao homem forte do planeta.
Na pauta, protestos contra o imperialismo americano no Brasil e as negociações do pré-sal, já que as incertezas nas relações, especialmente com os países do oriente, tornam a nova riqueza natural do Brasil uma arma sedutora para os norte-americanos. Algo parecido com o que já acontece há muito tempo com os recursos hídricos, inclusive com a supressão da região amazônica do mapa do Brasil nas aulas de geografia nas escolas norte-americanas.
A visita cordial poderá se tornar o primeiro contato de uma relação um tanto quanto perigosa, já que o emergente crescimento energético do Brasil poderá criar uma rivalidade entre as duas nações. Possibilidade que inclusive é tema do livro “As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos”, do historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira, cuja terceira edição será lançada em abril, pela editora Civilização.
É claro que o Brasil vai aproveitar a oportunidade para apresentar antigas reivindicações, como a diminuição de barreiras a produtos agrícolas, ampliação de parcerias comerciais e de tecnologia, cooperação espacial e investimentos em conjunto em áreas de interesse mútuo, além, é claro, do visto para entrada de brasileiros nos Estados Unidos.
Os acordos estão sendo estudados pelas duas nações e, para o bem ou para o mal, a visita certamente marca o início de um novo tempo, não só para o Brasil e Estados Unidos, mas para todo o planeta.
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