O mundo que temos e o mundo que queremos

Jerusia Arruda


Na mesma semana em que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança a Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema a preservação do planeta e a proposta de pressionar órgãos públicos para que sejam adotadas medidas de proteção à natureza, do outro lado planeta, o Japão vive uma catástrofe, com o forte terremoto que atingiu a costa nordeste do país, causando pânico e danos.

Já faz muito tempo que o alerta sobre a urgente necessidade de se preservar o planeta vem sendo anunciado, sob o risco de a humanidade ser consumida em conseqüência da destruição compulsória a que vem sendo submetido o meio ambiente.Devido à insistência do alerta, muitos chegam a taxá-lo de discurso ecológico e modismo, em detrimento da seriedade que este representa, mas são notórias as consequências da agressão ao planeta, que hoje sofre com o aquecimento, mudanças climáticas cada vez mais intensas e as sucessivas catástrofes naturais que destroem países e vitimam milhares de pessoas.

Talvez o ocorrido no Japão nesta sexta-feira não tenha influência da ação humana, já que muitos desses desastres naturais acontecem de forma inexorável, seguindo as regras da própria constituição geográfica, como é o caso do Japão, uma ilha cercada por atividades vulcânicas e frequentes abalos sísmicos, mas não dúvida de que a maioria das calamidades que têm se abatido sobre o planeta é conseqüência da agressão do homem contra a natureza.

Assim, a proposta da Campanha da Fraternidade, ainda que não seja inédita, é mais que oportuna, afinal, o Brasil, que até bem tempo se dizia não ter terremoto, nos últimos anos tem vivenciado calamidades que deixam claro que as mudanças do planeta também estão deixando suas marcas bem próximo de nós.

Providências podem e devem ser tomadas, mas a conscientização e mobilização social são imprescindíveis para que os resultados sejam efetivos, afinal, esse é um processo em que cada um tem que fazer usa parte. O que antes era um alerta para rever posturas e hábitos, hoje também inclui defesa e correção, mas se cada um cada um tomar para si a causa e passar não só a não agredir, como a defender e proteger o meio ambiente, certamente daqui a alguns anos poderemos ter um planeta melhor. Caso contrário, infelizmente veremos a natureza humana sucumbir diante de sua própria fraqueza.

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