Cinema Comentado

Lenda tibetana de amor e mistério encerra a mostra mulheres do oriente

O hindu Pan Nalin é um cineasta autodidata, acostumado a fazer documentários sobre lugares exóticos para os canais de TV estrangeiros. Em seu primeiro longa-metragem de ficção, “Samsara” (2001) soube dosar bem uma narrativa lenta e um final em aberto com elementos que fascinam os “cansados” olhos ocidentais: paisagens deslumbrantes; hábitos e costumes desconhecidos; roteiro envolvente e intimista. São os elementos que, de certa forma, caracterizam sua obra.

O argumento de Vale das Flores parte de uma experiência narrada pela escritora e exploradora francesa Alexandra David-Neel (1868-1969) sobre seu encontro com um fora-da-lei indo-tibetano que, em sua juventude, manteve apaixonado romance com uma bela mulher que ele acreditava ser um demônio encarnado. Os interessados pelo budismo e as filosofias orientais encontrarão, no filme, muitas referências sobre essa cultura tão distinta e ainda pouco explorada artisticamente – principalmente pelo cinema. Classificação etária: 14 anos.

O CineSesc e o Cinema Comentado Cineclube acontecem todo sábado, a partir das 19h, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros – Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). As sessões são gratuitas, abertas a todos os interessados, e depois acontece um bate-papo com a platéia sobre o filme apresentado.
Neste sábado, 26/03, o CineSesc e o Cinema Comentado Cineclube encerram a mostra Mulheres do Oriente com o filme Vale das Flores (2007), dirigido por Pan Nalin. Jalan e seu bando são aventureiros do Himalaia, seguindo seu próprio código de honra até a chegada da linda e misteriosa Ushna. Após ganhar o respeito dos homens, ela revela seus dons mágicos e sobrenaturais, e conquista Jalan. Vale das Flores é baseado numa lenda tibetana sobre a força do amor contra a inevitável morte; um conto surpreendente que começa no séc. XIX e vai até os tempos modernos em Tóquio.

Comentários