Orgulho de ser norte-mineiro

O orgulho de ser sertanejo é uma característica do norte-mineiro, cuja auto-estima é alimentada pela consciência de seus valores culturais e riquezas regionais.

Essa consciência de seu próprio valor é tão profícua que é tema de uma disciplina do programa de mestrado em Desenvolvimento Social, na Universidade Estadual de Montes Claros, ministrada pelo mais orgulhoso de sua cidadania norte-mineira, o professor Joba Costa.

Joba Costa costuma dizer em suas aulas que o norte-mineiro é diferente do mineiro. Segundo o professor, a fama que come-quieto, discrição e fala mansa do mineiro não encontra nenhuma identificação com o norte-mineiro, que é espalhafatoso, barulhento, atrevido, gosta de fartura e tem o coração grande e generoso.

“Na casa de um norte-mineiro, pobre ou rico, almoço é banquete”, diz o professor quase em poesia, de tanto prazer que sente em falar de sua gente.

Toda essa reflexão surgiu de um convite enviado pela Areté Educar, que propõe um encontro de 92 municípios do Norte de Minas em Belo Horizonte, no próximo mês de maio, com uma exposição do artesanato, comidas, bebidas, música, tudo o que produzido na região e que tanto orgulha seu povo altaneiro.
Uma rápida busca pelo Google deixa claro que esse orgulho há muito ganhou o mundo. São quase dez mil links de encontros relacionados ao modus vinvedi dos norte-mineiros, em todas as áreas.

A cultura do Norte de Minas está presente em todos os espaços, nas praças e palácios, nos eventos oficiais e festivos, em espaços públicos e privados. E por trás de cada um desses eventos e espaços, tem sempre um norte-mineiro orgulhoso de mostrar a todos a riqueza de sua terra.

O projeto Invasão Catrumana, por exemplo, é uma realidade nacional, conquistada em manifestações públicas e nos bancos de universidades. O projeto defende que o marco do povoamento de Minas foi na cidade de Matias Cardoso, no Vale do Rio São Francisco, fundada em 1695, um ano antes de Mariana, e além de buscar a valorização do potencial da região, propõe que as comemorações do “Dia de Minas Gerais”, 16 de julho, quando a capital do estado é transferida para Mariana, sejam alternadas com Matias Cardoso.

Proposta aceita e, inclusive, posta em prática no ano passado, quando Matias Cardoso foi capital de Minas Gerais por um dia.

A importância cultural e histórica do Norte do Estado é uma realidade e sua riqueza já recebeu odes, cantigas, prosas, poesias, cordel e rendeu muito encontros em todo país.

Sem nenhum bairrismo, é com esse mesmo orgulho que enche o peito do norte-mineiro que este blog aparece na maioria desses milhares de links no site de busca como uma publicação de Montes Claros, capital do Norte de Minas.

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