Artistas discutem criação de cooperativa
O objetivo é viabilizar projetos que visem a
produção e divulgação de eventos e produtos culturais e preservação da cultura,
história e memória de Montes Claros e Norte de Minas.
Nesta sexta-feira, 07/11,
artistas de vários segmentos e produtores culturais se reúnem para discutir a
formação de uma comissão ou cooperativa, com o objetivo de viabilizar projetos que
visem a produção de eventos e produtos, com vistas à divulgação e preservação
da cultura, história e memória de Montes Claros e Norte de Minas.
A iniciativa é da
professora, escritora e cineasta Andrea Martins, atual presidente do Cinema
Comentado Cineclube, que apresentará, nesse primeiro encontro, o projeto de
produção de um filme documentário sobre o músico e luthier Zé Côco do Riachão.
Segundo a
organizadora do encontro, a ideia surgiu a partir de conversas com outras
pessoas que, como ela, tem projetos culturais importantes para a região, mas
que acabam engavetados diante das dificuldades para a captação dos recursos
necessários para execução, o que causa enorme prejuízo ao patrimônio cultural da cidade e
região. “Acredito que a cooperação mútua é uma boa arma contra a falta de
investimentos”, diz.
Andrea Martins lembra que a ideia de fazer um filme documentário sobre Zé Côco do Riachão nasceu em 1997, quando o artista lançou o CD “Voo das Garças”. Naquela ocasião, já pensando na produção de uma peça audiovisual, ela levou o artista ao Riachão, para reencontrar familiares e amigos, o que foi registrado pelo cinegrafista Roberto Marinho Primo, contratado para tal fim. Desde então, explica, já apresentou o projeto em diversos editais, sem jamais conseguir aprová-lo. “Há uma dificuldade muito grande de se conseguir recursos, quando você não possui ainda um rico currículo como produtora. O problema é que sem financiamento, nunca teremos essa experiência.”
Ainda segundo ela, o
filme sobre Zé Côco é um projeto que encanta e desperta a simpatia de todos
aqueles a quem é apresentado. Ela entende também que é uma obra que precisa ser realizada, “para
que possamos manter viva a memória desse sertanejo que tanta contribuição
trouxe à cultura popular do Norte de Minas e do Brasil.”
O projeto, que foi
encampado pelo Cinema Comentado Cineclube, está aprovado na Lei Federal de
Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), que possibilita a dedução do valor investido
no imposto de renda, ainda assim está sendo difícil conseguir investidores.
Diante disso é que ela decidiu mobilizar a comunidade.
Através de uma
página em uma rede social, vem conseguindo pequenas doações de pessoas físicas
(que também podem usufruir de dedução do imposto de renda), mas ainda está
muito longe de conseguir o valor mínimo necessário para a produção do filme.
Por parte de pessoas
jurídicas, o projeto já recebeu o apoio da Polígono/Fiat de Montes Claros e
está para ser confirmado o apoio da Palimontes. Para o encontro de sexta-feira,
já confirmaram presença, dentre outros, o vice-presidente da Câmara Municipal,
vereador Cláudio Prates, e representantes do Senac, Fulô Comunicação e Cultura
e Produtora Elefantte, além de artistas e produtores como Aroldo Pereira,
Leonardo Palma Avelar e Patrícia Giseli.
Segundo Andrea Martins, no encontro desta
sexta-feira, que acontece às 17h, na Unimontes (sala 108/3º andar do prédio do
CCH), será discutido, além do projeto citado, a possibilidade de uma ação
contínua, de forma que outros projetos, outros artistas e outras manifestações
sejam contemplados, simultaneamente ou na sequência deste.
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