Artesãos do Médio São Francisco são destaque na exposição em comemoração ao Dia do Artesão
O artesanato da região do Médio São Francisco é
tema da exposição que marca as comemorações do Dia do Artesão. A exposição
“Arte Popular do Médio São Francisco” foi aberta nesse sábado (19) e domingo
(20), no Centro de Arte Popular – Cemig, e segue até o dia 19 de abril. A
mostra apresenta uma seleção de 55 esculturas de quatro artistas populares dos
municípios de Januária e Cônego Marinho, no Norte de Minas.
A iniciativa, com entrada gratuita, é uma parceria
entre as secretarias de estado de Cultura (SEC), de Desenvolvimento Econômico
(Sede) e de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais
(Sedinor), por meio de sua autarquia, o Idene, além do Sebrae/MG e do Centro de
Artesanato Mineiro (Ceart).
Peças de Liko de Oliveira, de Januária |
A exposição temática tem o velho Chico como
componente do processo de criação desses artistas, servindo de incentivo para o
imaginário e de fonte inspiradora para concretização de suas esculturas. As
obras retratam uma realidade que se transforma permanentemente, através do
imaginário, das paisagens físicas e culturais.
Heloísa Trindade, curadora da exposição, diz que a
escolha dos artistas do Médio São Francisco partiu da necessidade de divulgação
da arte popular desta região. “Estes artesãos tem obras significativas e de
muita importância, mas pouco conhecidas. Essa foi uma forma de levar ao público
um trabalho ímpar de grandes artesãos”, afirma Heloísa.
Artistas homenageados
As esculturas revelam um valioso acervo dos
artistas populares José Francisco Lopes Figueiredo, Lucindo Barbosa, Valdir
Rodrigues da Silva e Liko de Oliveira.
O artesão Liko acredita que já nasceu com esse dom.
“As minhas esculturas tem a ver com o lugar de onde eu vim. Eu enveredei para a
arte sacra por gostar muito. Isso faz parte da minha história e evolução
artística”, conta o artesão.
Zé Francisco fala da sua forma de retratar os
animais da região do Médio São Francisco, com a conjugação de espécies
diferentes. “A mistura vem da minha cabeça mesmo. Eu não copio nada. Tudo vem
da minha imaginação” relata.
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