Colégio Marista São José

EDUCAÇÃO CRISTÃ
Colégio Marista São José comemora 51 anos de sua instalação em Montes Claros. O colégio foi inaugurado em 1957, pelo presidente Juscelino Kubitschek



POR JERÚSIA ARRUDA
No dia 7 de março, o colégio Marista São José, de Montes Claros, comemora 52 anos – o colégio foi inaugurado em 1957, pelo presidente Juscelino Kubitschek.


Com um sistema educacional que alia educação religiosa, intelectual, moral e cívica, a escola marista teve seu princípio em 1817, numa época em que a França enfrentava uma crise na educação. A pequena sociedade religiosa La Valla levava o ensino fundamental às crianças e jovens do interior do país. Essa sociedade foi nomeada por seu fundador, Marcelino Champagnat, como Irmãos Maristas.
Desde então, a filosofia marista se espalhou pelo mundo e, atualmente, o Instituto Marista, conta com 1.500 irmãos e colaboradores, espalhados por 77 países dos cinco continentes, com quase meio milhão de crianças e jovens matriculados.


No Brasil, a história dos Maristas se inicia em 1897, no estado de Minas Gerais. Atualmente, o Instituto dos Irmãos Marista está em 22 Estados e no Distrito Federal, organizados em três Províncias e um Distrito, com 24.086 irmãos e colaboradores servindo 150.796 crianças e jovens.


Os primeiros Irmãos Maristas chegaram a Montes Claros em 1957, constituindo a comunidade fundadora do Colégio Sao José, numa época em que só havia colégio para meninas; o Imaculada e o das Irmãs do Sagrado Coração de Maria.

A partir da criação do colégio Marista São José, os meninos não tiveram mais de buscar outros centros para prosseguir seus estudos.


Depois de cinquenta anos, o colégio Marista São José continua sendo uma das maiores referências da educação na cidade e, hoje, atende a contingente de 1000 estudantes, matriculados da educação infantil ao terceiro ano do ensino médio.


O diretor Amadeu Rodrigues Gonçalves, diz que além de ensinar o aluno a ler e escrever e prepará-lo para a universidade, o colégio se preocupa com sua formação humana.


- O Colégio São José, ao mesmo tempo que tem uma estrutura moderna, com laboratórios de Informática, Física, Química e Biologia, uma biblioteca com acervo atualizado e uma sala de audiovisual, também se dedica à disciplina, que garante o equilíbrio da formação dos alunos – ressalta.
Amadeu diz que o colégio oferece laboratórios modernos e todas as condições necessárias para um melhor aproveitamento no processo ensino-aprendizagem.


- Mas também mantemos um espaço de convivência, o Sítio Marista Umuarama, onde os estudantes se encontram para momentos de lazer, com atividades esportivas e culturais. Nesse espaço, mantemos o Museu do Cerrado, com preservação de várias espécies do bioma. O colégio funciona em regime semi-integral, de segunda a quinta-feira, com atividades complementares no horário contrário ao das aulas regulares. Também mantemos algumas tradições do colégio, como celebração de missas e hasteamento da bandeira, com execução do Hino Nacional. Tudo isso contribui para uma formação de valores que preparam para a vida – completa.


Amadeu diz que os resultados pedagogicos do colégio têm sido muito positivos.


- No ano passado, 95% dos alunos que formaram no ensino médio foram aprovados no vestibular. Saíram direto do ensino médio para a faculdade. Isso é uma grande conquista para nós – comemora.
Para Amadeu, o maior desafio em estar na direção do colégio é preservar a tradição de seu sistema educacional.


- Muitas lideranças do Norte de Minas já passaram pelo colégio e esse é seu grande diferencial, que além de oferecer um ensino de qualidade, prepara os estudantes para a vida, com uma equipe rica em material humano e entrosada com todos os segmentos do Colégio. O maior dasafio é manter essa contribuição para a formação da comunidade da região, que já é tradição nesses 51 anos do colégio – conclui.



SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT

São Marcelino nasceu em 20 de maio de 1789, no povoado francês de Marlhes, uma localidade onde predominava o analfabetismo. Sua mãe e sua tia serviram de modelos e guias para a afirmação de seus primeiros passos como cristão, e uma criação com fé e oração. Logo passou a desertar em Marcelino a vocação mariana.


A formação intelectual do jovem Marcelino foi bastante trabalhosa por falta de professores competentes. Sabe-se que ele negou a voltar à escola depois de ver como os professores maltratavam a um aluno e se dedicou a trabalhar na granja dos pais.


Em 1805, quase analfabeto, foi ser sacerdote. Transcorridos alguns anos no seminário menor de Verrieres (1805-1813) ingressou no seminário maior de Lyon onde recebeu a formação ideológica e espiritual.


Um grupo de doze seminaristas entre os quais o próprio Marcelino promoveram a criação da Sociedade de Maria formada por sacerdotes, irmãos e irmãs religiosas e leigos.
Ordenado sacerdote em 22 de julho de 1816 ele foi indicado coadjutor da Vila de La Valla. Ficou impressionado com a pobreza cultural desta zona montanhosa e ainda observou que a escola atraia tão poucos que apenas alguns despreparados desejavam aprender. Foi então que fundou a escola marista.

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