Raymundo Costa

RAY COSTA DANÇA E ENSINA A DANÇAR
Depois de seis anos, o bailarino e professor de Dança Contemporânea Raymundo Costa volta aos palcos de Montes Claros
 


POR JERÚSIA ARRUDA

O bailarino montesclarense, Ray Costa apresentou, no ano passado, em Montes Claros o solo Cortejo, coreografado por Dudude Hermann, que faz parte de um espetáculo criado para o Balé Cidade de São Paulo. Além do solo, o bailarino ministrou a oficina A Gravidade e o Peso - a grande dobra, uma dança contemporânea na linha de pensamento da técnica Release que aborda o imaginário anatômico, com exercícios elaborados a partir de diversas técnicas.


A bailarina Lilia Shaw, da Cia 2 do Balé da Cidade de São Paulo, acompanhou o bailarino e também realizou uma oficina.

Ray Costa começou seus estudos de dança no Palácio das Artes, na escola do grupo Corpo e no Baleteatro Minas, em Belo Horizonte. Também viveu na Alemanha, participou do American Dance Festival, na Carolina do Norte, EUA, estudou Pedagogia da Dança e Sapateado, em Nova York e hoje é professor de Dança Contemporânea do Balé Cidade de São Paulo.

Conversei com o bailarino, que falou de seu trabalho no Balé da Cidade de São Paulo, de suas experiências no exterior, da sensação de voltar à terra natal e ainda deu dicas para os novos bailarinos que vivem em Montes Claros.

Como é seu trabalho no palco?Danço na Cia 2 do Balé da Cidade de São Paulo que enfoca o seu trabalho no campo da experimentação, visando encontrar outras formas de fazer e pensar a dança, onde a dança que desenvolvemos é conectada com o mundo contemporâneo, que procura levantar questões e que busca situar o indivíduo num contexto universal.

Sendo de origem interiorana, como foi vencer as diferenças culturais e comportamentais e se projetar na dança no cenário mundial?A minha trajetória do interior para o exterior foi de maneira, digamos assim, gradativa, e aconteceu de maneira bem natural e com muita sorte. De Montes Claros fui para Belo Horizonte, onde iniciei os estudos e dancei por 3 anos, depois mudei para São Paulo onde entrei para o Teatro Municipal. Nos anos 80 fui para a Alemanha onde trabalhei e morei por 4 anos. Retornei ao Brasil, para São Paulo e somente no final dos anos 90 fui morar e estudar em Nova Iorque. Vivendo e trabalhando hoje em São Paulo, me considero um cidadão do mundo, que viveu e assimilou bastante de outras culturas, mas conserva ainda alguns traços da cultura norte-mineira.

Como foi sua experiência na Alemanha?
Dancei com o Ballet Schindowski, em Gelsenkirchem e foi muito importante na minha formação artística, pois tive a oportunidade de trocar experiência e conhecer artistas de diversas culturas do mundo. O aprendizado foi muito grande, pois os espetáculos eram sempre com orquestra ao vivo e toda a produção era desenvolvida no próprio teatro.

Quando se apresentou em Montes Claros pela última vez?
Em agosto de 2000, durante o XXII Festival Folclórico. Dancei o solo Bags, junto com Adriana Camargo e o Balé de Câmara de Montes Claros, que apresentou Catopê – Labirinto da Memória , espetáculo que criei para eles, com música de Yuri Popoff.

Como é retornar? Compartilhar experiências com seus conterrâneos através de oficina?
Voltar à terra da gente sempre trás um sentimento bom e eu me realizo muito em poder passar adiante, mesmo que seja na forma de uma oficina, o aprendizado de 29 anos de carreira na dança.

Já ouviu a expressão Montes Claros, cidade da arte e da cultura? O que pensa sobre ela?
Não ouvi, mas concordo plenamente, pois na infância, em Montes Claros, sempre recebi e senti a arte próxima e tive contato com a cultura, tanto popular quanto erudita.

Para os bailarinos que estão começando, ainda em Montes Claros, o que recomenda?
Uma carreira na dança além de talento, exige disciplina e muitos anos de estudos. Busque o auto-conhecimento e um corpo bem conectado com a mente. Procure acreditar no sonho e superar os preconceitos.

Comentários

  1. Hi

    Sem palavras sobre o prof. Ray ...


    Lilian J Gomes

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  2. quanto tempo heim Ray...
    desconhecia esta entrevista...
    ... que BELA entrevista.

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  3. Quanto tempo heim Ray...
    Desconhecia esta entrevista...
    BELA entrevista...
    Raymundo Costa...
    exímio profissional!

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  4. quanto tempo heim Ray...
    desconhecia esta entrevista...
    ... que BELA entrevista.

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