A Flauta Mágica

Die Zauberflöte - Ópera em dois atos

Música de Wolfgang Amadeus Mozart e libreto de Emanuel Schikaneder, composta em 1791, mesmo ano do falecimento de Mozart


Com produção do Ensemble Lirais (cantores líricos das gerais) do qual participam professores e alunos do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez (CELF ) e da Unimontes, A Flauta Mágica será apresentada ao público apreciador do gênero numa versão em português feita pelo Maestro Carlos Eduardo Prates e adaptada a nossa realidade com algumas reduções e substituição dos diálogos por narração. O espetáculo será nos dias 27, 28, 29,30 de outubro de 2011, no auditório do CELF. 

A ópera foi escrita no séc. XVIII época em que brotava o Iluminismo ou Era da Razão, despertado por filósofos como Baruch Spinoza, John Locke, Pierre Bayle e pelo matemático Izaac Newton e cujo centro foi na França, liderados por intelectuais como Denis Diderot, Voltaire, Montesquieu e outros. Período este que se denominou Século das Luzes, onde se incutia o uso da razão e da sabedoria para se obter uma vida melhor, a fim abolir superstições cultivadas durante a Idade Média que colocava a maioria dos seres humanos numa condição limitada de pensamento e de ação, rumo a um pensamento renovado de justiça e igualdade para superar as artimanhas dos governantes e de outros poderes da época.

O autor do libreto se inspirou em várias fontes literárias tal qual o conto de fadas Lulu Oder Die Zauberflöte de Christoph Martin Wieland, elementos mágicos originaram-se da peça Megära de Philipp Hafner e elementos maçônicos do romance Sethos de Jean Terrasson, ambientado no Egito antigo onde se supõe seja o local do surgimento dos rituais da maçonaria.

O Papageno, vendedor de pássaros, e outras situações de humor contidas na ópera foram inspirados no teatro popular vienense.

Os personagens principais Tamino (príncipe egípcio) e Pamina (princesa, filha da Rainha da Noite) encorajados por Sarastro (grão sacerdote de Ísis e Osíres), conselheiro que detém o poder pela sabedoria e não pela força, enfrentam e vencem as provas impostas pelo Templo da Sabedoria , conseguindo a realização de uma união ideal. Sarastro um verdadeiro guia, mostra o caminho para conseguir autonomia e liberdade de pensamento, se contrasta com a Rainha da Noite, a vilã da história que representa tudo aquilo que o iluminismo condena, ou seja, a superstição, a irracionalidade, a aristocracia, a tirania e a subordinação social e intelectual.

Dos elementos da maçonaria (da qual Mozart e Schikaneder faziam parte) o que se vê são os rituais de iniciação, provas pelas quais passam Tamino e Pamina, a fim de concretizarem o amor mútuo ao final da história.

A construção da música foi inspirada no Singspiel (lit.”brincadeira cantada”), um drama musical alemão caracterizado pelo diálogo falado alternado com canções, baladas e árias que às vezes são líricas, estróficas e ora tomam formas que lembram as canções folclóricas.

Todos estes elementos aliados à genialidade musical do compositor austríaco Mozart fizeram da Flauta Mágica a melhor, mais apreciada e representada ópera do autor.

A direção geral será de Maristela Cardoso (foto) responsável pela introdução do exercício da ópera na cidade e região atuando desde 1988 com a inesquecível Madame Butterfly de Puccini até os dias de hoje com a mesma garra, empenho, dedicação e amor pela causa. Ela que, além de valorizar os já consagrados cantores, incentiva e oportuniza aspirantes a fim de fortalecer e solidificar o movimento de ópera local, contribuindo de forma exemplar no engrandecimento e diversidade da nossa cultura.

De Belo Horizonte e com larga experiência no ramo, diretamente do Palácio das Artes teremos Francisco Mayrink na direção artística. É um grande nome que aqui atua desde a primeira montagem e que é admirado e respeitado pelo talento, desempenho e profundo conhecimento do gênero. Será também dele o figurino desta montagem.

E de Vitória do Espírito Santo receberemos a cantora no papel da Rainha da Noite, soprano Patrícia Eugenio, que vai enriquecer o elenco de cantores líricos de nossa cidade. Cenário e produção gráfica de Tânia Artes, Ifigênia Alkquimim e Rodrigo Rodrigues. Assessoria de Roberto Mont’Sá e Christiane Franco e acompanhamento instrumental de Izaías Ramos, Francisco Stehling e Bete Meira.

SERVIÇO:

A FLAUTA MÁGICA
Local: Auditório do Conservatório Lorenzo Fernandez
Data: 27, 28, 29,30 de outubro de 2011
Horário: 21h  
Entrada franca com retirada de convites no Conservatório, na Unimontes (Departamento de Artes) ou com os componentes da ópera. Serão fornecidos dois convites por pessoa.

Comentários

  1. Meus prezados, gostaria de convidar a todos para a gravação do meu DVD A música do Novo Brasil, com participação de grande artistas do Norte de Minas.
    Dia 29 de outubro, sábado em Santa Barbara, distrito de Augusto de Lima MG.

    Para reservas e informações acessem o site
    http://www.hotelaguasdesantabarbara.com.br/

    Espero vocês lá.

    um abraço
    André Águia

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